Cansados de aguardar a materialização da promessa feita pelo prefeito de Anápolis Márcio Corrêa (PL) de que arcaria com a responsabilidade de pagamento pelos salários restantes, e o acerto dos direitos trabalhistas, um grupo de ex-trabalhadores da UPA Alair Mafra foi ao Ministério Público do Trabalho (MPT) em busca de ajuda.
A denúncia dos ex-servidores da Saúde ao MPT foi formalizada em uma notícia de fato. Ela tem o objetivo de encontrar uma solução ao calote que o grupo vem levando da Organização Social (OS) Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH).
Juntamente com a OS, a Prefeitura de Anápolis também foi arrolada na petição sob o entendimento de que há relação direta com os pagamentos, uma vez que é a gestão municipal quem deve fazer o repasse para que a OS efetue os pagamentos.
Tanto a OS quanto Márcio Corrêa criaram uma relação direta nesta lógica. A INDSH vem condicionando desde 2024 que os pagamentos de salários à Prefeitura de Anápolis.
Além disto, no dia 20 de março, quando o contrato da OS foi rompido por decisão do prefeito, o próprio gestor concedeu entrevista dando “a palavra do prefeito” de que arcaria com os acertos trabalhistas e demais encargos decorrentes de sua ação de interromper o contrato.
A denúncia dos profissionais de Saúde será analisada pelos procuradores do MPT para, em seguida, tomar um caminho, seja pelo arquivamento, ou então pela formalização de uma denúncia contra quem o órgão avaliar ser responsável pelo problema.
HISTÓRICO
O apelo ao Ministério Público do Trabalho (MPT) é mais uma tentativa dos trabalhadores. Eles já procuraram a Comissão de Saúde da Câmara Municipal, presidida pelo vereador Policial Federal Suender Silva (PL) e fizeram diversas manifestações durante as sessões plenárias. Mas nenhuma parlamentar conseguiu intervir para resolver o caso.
No dia 20 de março, em uma ação que envolveu a Polícia Militar do Estado de Goiás e o Corpo de Bombeiros, o prefeito Márcio Corrêa foi até a UPA Alair Mafra comunicar a direção da INDSH o rompimento do contrato, com suspensão imediata dos serviços.
Nesta ocasião, Corrêa de comprometeu a pagar os trabalhadores da OS, caso a entidade não arcasse com os valores. A INDSH, por sua vez, vem comunicando aos trabalhadores que não quitou os compromissos porque ela mesma está também em dificuldades para receber da gestão municipal.