Enquanto os servidores da Saúde, que foram demitidos da UPA da Vila Esperança, agonizam à espera de receber salários e acertos trabalhistas da OS INDSH, a nova Organização Social (OS) contratada para o seu lugar também não encontra um cenário dos mais favoráveis.
A OS Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus foi contratada de forma emergencial após decisão do prefeito Márcio Corrêa (PL) romper o contrato com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), na noite de 20 de março.
A nova OS chegou na cidade a um custo para os cofres públicos de R$ 8 milhões. Destes já foram empenhados um montante de R$ 7,57 milhões. Só que, passados pouco mais de 45 dias, apenas R$ 819,6 mil foram efetivamente pagos pela gestão municipal.
O valor representa 10,8% do montante empenhado. O fluxo demorado de pagamentos pode explicar por que a população ainda não percebeu uma mudança no padrão de atendimento em relação à OS INDSH, que atuava anteriormente.
Já os ex-funcionários do INDSH têm buscado a imprensa, os vereadores anapolinos, e alguns já buscaram até mesmo uma representação judicial em busca de uma solução. Mas, na prática, ninguém recebeu os valores devidos que são condicionados pela OS ao repasse a ser feito pela Prefeitura de Anápolis.

FLUXO
Dia 04 de abril foi feito o primeiro empenho, de R$ 5,12 milhões. No mesmo dia foram liquidados e pagos deste empenho R$ 319 mil. Também no dia 04, um novo empenho foi feito, no valor de R$ 1,5 milhão. Deste, foram pagos R$ 500 mil. No mesmo dia, a Prefeitura de Anápolis também empenhou R$ 750 mil, mas deste nada foi pago.
Já no dia 16 de abril, um novo empenho foi feito, de R$ 194.835,12. O montante foi liquidado no dia seguinte, mas ainda não foi pago. Por fim, no dia 30 de abril, foram liquidados R$ 2,45 milhões do primeiro empenho, de R$ 5,12 milhões. Este também não foi pago.