Para ser candidato a prefeito em Anápolis, Márcio Corrêa precisou deixar para trás uma longa trajetória no MDB, legenda que presidia na cidade. A opção pelo PL, e o repentino endurecimento do discurso para a extrema-direita, veio num contexto específico: as eleições de 2024.
Vencida a disputa, Márcio Corrêa atua politicamente muito mais como um integrante emedebista do que um bolsonarista radical. Isto fica claro nas nomeações do início de seu governo em que o PL ficou desprestigiado em espaços de importância.
Agora, com a pressão política de MDB e União Brasil por ampliação de sua base goiana, de olho tanto na reeleição de Daniel Vilela (MDB) quanto no projeto nacional de Ronaldo Caiado, diversos prefeitos do PL tem migrado de legenda.
Dos 26 prefeitos eleitos, seis já trocaram de partido e foram para o União Brasil, de Caiado. O argumento é um: a busca por governabilidade.
Desta forma, cresce a expectativa de que esta mesma presão incorra em Márcio Corrêa, prefeito do terceira maior colégio eleitoral de Goiás e segundo meio PIB do estado.
O assunto vem rondando a agenda política do prefeito. Vereador pelo PL, Suender Silva chegou a comentar sobre a possibilidade de troca de legenda pelo prefeito. Para ele, qualquer ação neste sentido seria uma supresa, uma vez que o PL foi o partido que deu espaço para Corrêa e espera que ele, agora, apoie os candidatos do partido. O PL tem o senador Wilder Morais como pré-candidato ao Governo de Goiás.
A pressão deve aumentar em cima de Márcio Corrêa, tanto pela proximidade que tem com Daniel Vilela quanto pelo distanciamento político que tem desde a campanha com Ronaldo Caiado, que deve ser o comandante de todo o processo eleitoral em Goiás.