As suspeitas não são novas, mas só agora chegaram até o conhecimento formal da Prefeitura de Anápolis. E, por coincidência ou não, somente depois da visibilidade gerada a partir de uma postagem da médica Marcela Pimenta, em seu perfil pessoal, passou a ser oficialmente investigada.
No dia 06 de junho, uma denúncia chegou até o sistema da Prefeitura de Anápolis, através da Ouvidoria Municipal. A narrativa dá conta de que uma enfermeira estaria aproveitando seus plantões no SAMU para traficar maconha. Ela usaria o insuspeito espaço de trabalho de urgência para receber clientes.
Além do nome da servidora, outros detalhes foram removidos pelo Anápolis Diário para evitar identificação e exposição da enfermeira, ainda sob investigação.
O registro enviado à Corregedoria foi respondido na segunda-feira seguinte, dia 09, no qual é solicitado algum tipo de prova material como foto e vídeo de um possível flagrante do tráfico de drogas. O argumento usado pelo denunciante é que a Polícia Civil não só teria conhecimento deste tipo de ação no Samu como também já teria feito uma visita ao local em setembro do ano passado.
O CASO
“Por vários plantões com esta enfermeira sempre aparecem pessoas procurando por ela lá no Samu. Ficam no estacionamento e pegam mercadoria com ela”, revela o denunciante com exclusividade ao Anápolis Diário.
Em um destes turnos, revela, houve até um momento de tensão. A enfermeira teria sido procurada por um traficante a quem devia. “Ele foi lá no Samu cobrar ela, estávamos no repouso e todos acordaram preocupados com aquela situação”, relembra.
O denunciante encaminhou a denúncia feita no dia 06 de junho à suplente de vereadora Marcela Pimenta a fim de que ganhasse visibilidade e alguma chance de ser investigada. “Disseram que ela [a médica Marcela Pimenta] estava inventando. Mas a verdade é que só responderam minha denúncia depois que ela postou”, avalia.
ANDAMENTO
De fato, após o registro feito nas redes sociais, o sistema de registro de denúncias apresentou uma resposta indicando que abriu, ainda que sem vídeo ou foto, uma investigação interna formal contra a servidora. O registro é do dia 12 de junho.
“Não foi uma denúncia contra o Samu, todos os servidores, mas sim uma única pessoa. Isto está claro na denúncia”, completa. O denunciante teme por retaliações por parte da enfermeira, por suspeitar que ela tem conexões com alguém da Polícia Militar, mas adianta que não irá se intimidar. “Pretendo ir à também Corregedoria da PM”, informa.
A corregedoria informa que tem até o dia 02 de julho para emitir algum tipo de resposta sobre a denúncia envolvendo a servidora da Saúde dentro das dependências do Samu de Anápolis. A investigação interna da gestão municipal está sob o registro SEI 01110.000000258/2025-33.