O criminalista Pedro Paulo Guerra de Medeiros, que recentemente foi alçado ao status de juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, também fará a defesa do jornalista Denílson Boaventura no inquérito que investiga a autoria dos crimes cometidos pelos perfis Anápolis na Roda.
Pepê Medeiros, como é conhecido no meio jurídico, já havia assumido a defesa de outro envolvido, o também jornalista Luís Gustavo da Rocha. Agora cuidará do ex-diretor de Comunicação da Câmara Municipal. Boaventura é, ainda, sócio do site Portal 6, de Anápolis.
O Anápolis Diário (AD) apurou que Denílson Boaventura fechou o acordo com o escritório de Pedro Paulo Medeiros no dia 23 de maio. Apesar disto, o documento só foi protocolizado na manhã desta quarta-feira (04).
Em entrevista ao AD no momento que passou a representar Rocha, o advogado, considerado o mais prestigiado criminalista de Goiás na atualidade, informou que faria a defesa de Luís Gustavo de forma gratuita.
“É meu amigo dos tempos de O Popular”, justificou à época. O jornalista atuou profissionalmente na publicação do Grupo Jaime Câmara antes de assumir funções no serviço público em Anápolis.
Em nova entrevista, Medeiros confirma ao AD que também fará a defesa de Denílson Boaventura sem gerar nenhum custo de honorários ao suspeito. Ele não deu detalhes das razões pelas quais teria também estendido o benefício ao novo cliente.
“Ambos são profissionais da área jornalística, atuavam como servidores, e dentro de suas atribuições não praticaram qualquer irregularidade”, defende o jurista.
MÁRCIO CORREA
Com o envio do inquérito do Tribunal de Justiça de Goiás a fim de obter autorização para também investigar o prefeito Márcio Corrêa (PL) por envolvimento nas postagens, Medeiros afirma que deverá haver “ajustes no procedimento” em sua estratégia.
“Contudo, os fundamentos da defesa permanecem os mesmos, pois se sustentam na absoluta ausência de ilicitude por parte dos meus clientes”, completa.
Pedro Paulo Medeiros não descarta também defender o prefeito Márcio Corrêa. Isto, caso haja a confirmação do pedido do Grupo Especial de Investigação Criminal por inclui-lo nas investigações. Mas, adianta, deverá haver uma análise prévia do cenário.
“Até o momento, não fui procurado formalmente para tratar da defesa do senhor Márcio Corrêa. Qualquer eventual atuação futura será analisada com responsabilidade, levando-se em conta eventuais impedimentos, conflitos de interesse e os critérios técnicos e éticos que norteiam minha atuação profissional”, finaliza.