Em uma manifestação enviada por e-mail no início da noite de quinta-feira (15) ao Anápolis Diário (AD), a conselheira municipal de Saúde, Tatiane Félix, se pronunciou sobre a reportagem do AD acerca do órgão colegiado.
A reportagem registrou que o presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Jonas Neto, pediu um prazo de uma semana para responder se o conselho estaria ou não acompanhando o caso dos hospitais fechados em 2025 na cidade, entre outros temas relacionados.
“Li com atenção a matéria do Anápolis Diário a respeito da postura do Conselho Municipal de Saúde (CMS) diante do fechamento prolongado de duas unidades de saúde em nossa cidade — o Hospital Municipal Georges Hajjar e a UPA da Mulher. Como Conselheira Municipal de Saúde, não posso me calar diante do silêncio da Mesa Diretora do CMS e muito menos me omitir quanto ao papel que o Conselho deve cumprir”, afirma a conselheira no documento.
Felix frisa que em momento algum fala em nome da Mesa Diretora, e que quer “tampouco justificar sua omissão”. “No entanto, como conselheira, respondo às perguntas encaminhadas por este veículo”.
A professora Tatiane Felix utiliza um espaço aberto pelo AD ao final da reportagem sobre o CMS, para que qualquer integrante do conselho pudesse se manifestar, tendo em vista o interesse público e a importância do caso, envolvendo o fechamento e a demora para reabertura de dois hospitais públicos em Anápolis.
A seguir, a íntegra das respostas da conselheira municipal de Saúde, Tatiane Felix:

Anápolis Diário – O CMS tem acompanhado a situação da Saúde de Anápolis? Como avalia a necessidade de reabertura do Georges Hajjar, no Leblon?
Tatiane Félix – Não tenho observado ações efetivas do CMS para fiscalizar ou cobrar a imediata reabertura do Georges Hajjar. Retornei recentemente ao Conselho e, diante do cenário, irei solicitar formalmente à Mesa Diretora a realização de uma Inspeção Técnica nas unidades fechadas, bem como o envio de ofício ao gestor do SUS Municipal solicitando esclarecimentos sobre as providências adotadas para reabertura dessas unidades. Também questionarei a razão da demora em colocar esses equipamentos públicos à disposição da população, que sofre com a sobrecarga em outras unidades.
AD – O CMS vistoriou o local para verificar se há algum impedimento à reabertura do hospital?
TF – Até onde sei, não. Diante disso, comunicarei o fato ao Ministério Público, solicitando abertura de Notícia de Fato para apuração dos motivos reais pelos quais uma unidade nova permanece fechada sob alegações vagas de problemas estruturais e falta de equipamentos.
AD – Como o Conselho tem acompanhado o processo de reabertura da UPA da Mulher e do Georges Hajjar?
TF – Infelizmente, a atuação do CMS em relação a esse processo tem sido inexpressiva. Mas isso mudará. Nesta sexta-feira (16/05), protocolarei junto ao Ministério Público denúncia formal solicitando investigação. Também cobrarei da Mesa Diretora do CMS uma atuação à altura da responsabilidade que o cargo exige.