O vereador Policial Federal Suender (PL) queixou-se publicamente pelo fato de não ser convidado para participar das agendas que debatem a Saúde Pública em Anápolis. Em entrevista, demonstrou mágoa e alegou que deveria passar a ser chamado por ser hoje o Presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal.
Suender tem, agora, uma chance de ouro de mostrar a sua relevância para o debate e justificar a existência de uma comissão de Saúde no Legislativo, que tenha efetiva capacidade de ajudar e fazer a diferença.
Os trabalhadores de Saúde, demitidos após a saída da Organização Social (OS) Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) da gestão da UPA Alair Mafra, ainda não viram a cor do dinheiro de seus acertos trabalhistas.
Passados 42 dias desde a ação do prefeito Marcio Corrêa (PL), envolvendo viaturas policiais e caminhões do Corpo de Bombeiros, ocorrida em 20 de março, os profissionais ainda não receberam.
“NINGUÉM RESOLVE”
No relato por áudio ao qual o Anápolis Diário (AD) teve acesso, uma técnica de enfermagem dá detalhes do momento difícil pelo qual atravessa. “A gente foi na Câmara, fez aquele movimento, mas até o presente momento nada foi resolvido”, lamenta.
Conforme revela, o grupo, formado principalmente por técnicos de enfermagem, se organizou e foi até o Poder Legislativo em três oportunidades. Os profissionais, no entanto, não encontraram por parte dos vereadores algum tipo de solução ou encaminhamento.
“O prefeito não resolve nada porque foi ele quem prometeu resolver”, lembra a técnica de Saúde. Ela se refere à declaração em coletiva feita pelo prefeito Márcio Corrêa (PL) quando do anúncio do rompimento do contrato, quando alegou que os trabalhadores não tinham com o que se preocupar porque ele assumiria o compromisso de fazer os pagamentos.
“A gente cobra na empresa e o que falam é que depende da Prefeitura para fazer o pagamento. Mas a prefeitura não paga eles”, lamenta a profissional no áudio.
“São pais e mães que clamam por justiça. Muitos já buscaram advogados. Já fomos ao Ministério Público, mas ninguém nos dá uma solução. A gente clama por Justiça. É muita gente que está desempregada porque muitos não foram aproveitados pela nova gestora. A gente não sabe mais a quem pedir ajuda”, finaliza a técnica em enfermagem.
POSICIONAMENTO
O AD buscou os vereadores Suender Silva, presidente da Comissão de Saúde, e Jean Carlos, líder do Executivo na Câmara (ambos PL) para obter um posicionamento sobre o caso.
Até o fechamento desta reportagem nenhum deles havia retornado com qualquer informação que pudesse ajudar a resolver a situação dos trabalhadores quanto a recebimento de seus direitos trabalhistas.
O AD também buscou informações no Ministério Público, através da Assessoria de Comunicação, mas em decorrência do feriado, o retorno do MP-GO deve ocorrer somente no próximo dia útil. Também foi acionado o Ministério Público do Trabalho (MPT-GO), através do sistema “Balcão Virtual”, a fim de obter informações sobre o caso, mas não conseguiu retorno.