A última semana foi marcada por um debate sobre um possível crime ambiental a partir da derrubada de uma árvore de Jatobá existente no pátio da Secretaria Municipal de Obras. O assunto foi mostrado pela coluna Café com Pimenta, do ex-prefeito Ernani de Paula.
Depois dele, ao menos dois agentes políticos entraram na discussão: o ex-presidente da Câmara Municipal, Sírio Miguel, e o vereador Rimet Jules. Ambos registraram ocorrência do que pode ser um crime ambiental cometido pela Prefeitura de Anápolis.
O laudo técnico da Secretaria de Meio Ambiente, liderada por Thiago de Sá Lima, no entanto, não menciona a existência de um Jatobá no local e nem mesmo na relação de árvores que foram periciadas pela pasta e identificadas como apta à “supressão”, ou seja, o corte.
Só que a Secretaria de Comunicação, por sua vez, não só admitiu a existência de um Jatobá e o seu corte, como alegou, para tanto, a existência de um laudo técnico que justificaria a derrubada da árvore, inserida na proteção pela Lei Federal dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98).

MENTIRA
“Trata-se de uma mentira”, dispara o secretário Thiago de Sá Lima ao Anápolis Diário (AD) sobre a derrubada do Jatobá e nota divulgada pela Secretaria de Comunicação admitindo o feito. “Não teve Jatobá derrubado”, completa.
Sá Lima banca o próprio laudo técnico de sua secretaria em que, de fato, não há na relação de árvores o tal Jatobá da Confusão. “A nota partiu da Secom, a partir de um equívoco técnico sobre a natureza da árvore”, garantiu, esquivando-se da responsabilidade do teor da nota emitida pela Secom na qual garante à imprensa de Anápolis que existiria um laudo técnico.
Ao contrário do documento da Secretaria de Meio Ambiente, ao qual o AD teve acesso, não houve a divulgação do documento que atestaria a veracidade das informações difundidas pela Secom de Anápolis. A afirmação do tal “laudo técnico” pode ter sido emitida na base do “se colar, colou”.